M. Tiago Paixão

Depois disso, organiza o I Prémio Poesia-Nova, vence o Prémio de Poesia da Biblioteca Museu República e Resistência. É membro fundador da Cooperativa Literária.
Em 2007, publica o seu mais recente livro – l'étranger / the outkast ou o quarto sem ar.
É licenciado em L.L.M. – Estudos Portugueses. É, ainda, director da revista Callema – Publicação Semestral da Cooperativa Literária.
Em 2007, publica o seu mais recente livro – l'étranger / the outkast ou o quarto sem ar.
É licenciado em L.L.M. – Estudos Portugueses. É, ainda, director da revista Callema – Publicação Semestral da Cooperativa Literária.
E se me olhasses mais devagar
No verão não pode ser por causa do sol
que brilha mais tempo, mas,
num dia de outono, com a luz certa
enevoada, e se tu,e se me olhasses mais devagar
e se não houvesse tempo ou ele mais devagar
ou se quisesses reparar num só pormenor,
no brilho dos meus olhos a olhar-te
e se me olhasses mais devagar,
num dia como este,irias perceber tudo de uma vez…
tem de ser de dia, preciso da (tua) luz incolor
Tens em ti este céu que é teu
Este dia sem cor, o céu que sou eu
In Sentimentos Sobrepostos
Hugo Milhanas Machado
Nasce em Lisboa, a 12 de Dezembro de 1984. Em 2006, conclui a Licenciatura em Estudos Portugueses (Maior em Língua e Literatura Portuguesa e Minor em Estudos Literários e Comparados), na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Actualmente, é professor visitante na Universidad de Salamanca. É, ainda, co-fundador da Cooperativa Literária e da revista Callema.
Do autor: poema em forma de nuvem (2005, Gama Edições) e Masquerade (2006, Sombra do Amor Edições).
Recebe vários prémios, nomeadamente, o Prémio Literário da Nova 2003; Lisboa à Letra 2005; Lisboa à Letra 2006, Menção Honrosa no Castello di Duino 2006; 2º e 3º lugares no Prémio Poesia Nova 2006.
poema para d.quijote de la mancha de miguel de cervantes
morríamos nessa cidade e o nosso tempo era já
um outro tempo era forçosamente o desejar e o
indelével recordar de um outro tempo
triste e irremediavelmente aquém e além da nossa
presença no mundo.
fugíamos. pela noite pelos silêncios das casas
os homens e a cidade dormindo talvez para
jamais acordar – porque impossível era também a vigília
e o adormecer
e em cada palavra a invenção de um mar
e em cada novo mar um novo homem.
diziam-nos impraticável o nosso verbo
inverosímil a curva em nossas bocas.
e acabámos morrendo com uma pérola no peito a fazer de azul.
morríamos nessa cidade e o nosso tempo era já
um outro tempo era forçosamente o desejar e o
indelével recordar de um outro tempo
triste e irremediavelmente aquém e além da nossa
presença no mundo.
fugíamos. pela noite pelos silêncios das casas
os homens e a cidade dormindo talvez para
jamais acordar – porque impossível era também a vigília
e o adormecer
e em cada palavra a invenção de um mar
e em cada novo mar um novo homem.
diziam-nos impraticável o nosso verbo
inverosímil a curva em nossas bocas.
e acabámos morrendo com uma pérola no peito a fazer de azul.
in poema em forma de nuvem
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